A "ilha" em Milão: difícil exprimir por palavras...
Já voltámos, faz algum tempo. Mas a digestão do que por lá se passou não se faz com pressas. Realço, antes de mais nada, um jantar na casa de uma amiga próxima do Piccolo (aliás, antes de mais realço a fantástica recepção e acompanhamento que tivémos...) em pleno centro da cidade, que reuniu o Teatro de Giz e a companhia do "Arlequim, servidor de dois amos". Tinham feito um espectáculo nesse Sábado à tarde (alguns de nós tiveram a sorte de poder assistir). Estavam radiantes (Não me esquecerei jamais da figura do Mestre Ferrucio Soleri, nos seus fato e gravata imaculados, rodopinado pela sala, como se o tempo e os anos, fossem uma qualquer outra coisa). E nós pudemos partilhar essa alegria, as conversas, os sorrisos. Depois do jantar, um piano numa das salas da casa, serviu de base para se cantarem modas italianas e açorianas, para se intensicar através da música, a troca que nesse fim de semana ocorreu de forma intensa e sincera. No Domingo, novo espectáculo do Arlequim no Teatro Grassi e passadas duas ou três horas, a plateia encheu-se de gente, para a apresentação do nosso filme. "Como vão reagir?", "Como vão receber a nosa história, o nosso ritmo?". Perguntas como esta assaltavam-nos, especialmente depois de termos assistido a um espectáculo de teatro como poucas vezes tive a oportunidade de ver. De tirar o fôlego, estonteante, magnífico. Mas no fim, quando as luzes se acenderam, havia uma certeza: estabeleceu-se definitivamente um elo. Naquele espaço estavam pessoas que partilhavam da mesma comoção, perante os factos e a ficção que durante 90 minutos passearam pelo ecrã da mítica sala. É difícil exprimir com palavras isto que vos quero dizer. Retenho as palavras "obrigado" e "belissimo" e alguns olhos razos de lágrima. O Stephano de Luca (encenador) disse que se sentia mais Português e que queria vir aos Açores trabalhar connosco. Vamos fazer com que isso aconteça. Surgiram novos convites para uma apresentação em Veneza e outra em Milão, por alturas do festival internacional de documentário. Reafirmou-se a vontade de que tudo isto se perpetue e intensifique. Passem por http://www.trax.it/olivieropdp/mostranotizie2.asp?num=108&ord=17
Nos entretantos, voltamos a olhar para os pés que estão na terra e, no final de alguns meses de preparação", vamos finalmente começar trabalho novo. Dia 2 de Junho, sentamo-nos "à volta da fogueira" com o Carlos Machado, para começar a definir uma das "ilhas" do nosso novo projecto relativo às comemorações dos 50 anos do vulcão. Vamos dedicar-nos à escrita...
Vamos nos vendo por aqui. Até breve.
2 comments:
Estava ansioso, à espera deste vosso escrito.
Como podem calcular, já tinha essas referências, mas toda essa emotividade, só voçês a podiam e deviam transmitir.
Devo aqui chamar a atenção para o facto, que me causa estranhesa, das entidades oficiais, nomeadamente a RTP-Açores, não ter estado presente e só se limitou a passar as imagens que lhes cedeu, quem as captou, enfim, uma forma menor de estar navida.
Bom trabalho para voçês, aí na terra e que os sonhos os não abandonem.
Já algum tempo andava a espreitar o blog à espera de novidades!!incrível a repercursao que este projecto está a ter!
Também gostaria vos dizer que estou super disponível para ajudar o grupo de alguma maneira pois a partir de 4 de julho estarei de volta ao faial por 3 mesitos.
Um abraço a todos!!
Lia Goulart
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